sexta-feira

GUIA DE SEGURANÇA NO TRANSITO

Como acontecem os atropelamentos?

Dinâmica do atropelamento

A gravidade dos atropelamentos relaciona-se diretamente com as características físicas e com a dinâmica dos corpos que colidem um contra o outro. O fato de a energia cinética aumentar em proporção maior do que a velocidade do corpo confere aos atropelamentos conseqüências particularmente severas em decorrência da vulnerabilidade de um corpo diante de um veículo.
No mais freqüente tipo de atropelamento, cerca de 80% dos casos, o pedestre é atingido pela dianteira de um veículo. A idéia de que, em um atropelamento, o veículo para por cima do pedestre não coincide com o que ocorre na maior parte dos casos. Situações em que o veículo passa sobre o corpo do atropelado podem ocorrer em casos como acidentes envolvendo ônibus ou caminhões. No entanto, a dinâmica do atropelamento mais provável é aquela em que o pedestre, após o choque com a frente de um veículo, rola sobre o capô e sobre o pára-brisa do veículo que o atinge. O que ocorre após o choque depende de uma série de fatores, dentre os quais a velocidade do veículo e a altura do pedestre em relação à frente do veículo e ao pára-choque.
À parte do corpo em contato inicial contra o veículo (normalmente, os membros inferiores) no momento do choque acusa relação direta com a gravidade da lesão que o pedestre sofrerá. Praticamente todos os traumas e todas as fraturas que um pedestre sofre centram-se na região pélvica e nas pernas e são causados pelo contato com o veículo e não com o pavimento.
Dinânimca do Atropelamento
A probabilidade de lesões fatais é maior nos choques frontais do que nos laterais. Na ocorrência de choques em velocidade maior que 60 km/h, o pedestre, em geral, rola sobre a dianteira do carro após um segundo contato (provavelmente o da cabeça) com o veículo, com o corpo se dobrando e as pernas podendo atingir o teto do veículo. Em decorrência da força aplicada ao corpo no momento do choque, o corpo do pedestre ganha velocidade e esse movimento se acelera de acordo com a velocidade do veículo e, ocorrendo à frenagem (e este é, geralmente, o caso), o corpo do pedestre mantém a velocidade adquirida no momento do choque. Com a frenagem brusca, o carro reduz sua velocidade em uma proporção maior que a do corpo do pedestre. O pedestre é, então, arremessado adiante do veículo em desaceleração, antes de atingir o solo.
A possibilidade de o segundo contato ocorrer com a cabeça contra o carro aumenta na proporção direta da velocidade do impacto e em proporção inversa em relação à altura do veículo. A velocidade do impacto determina, também, o local do carro em que ocorre o choque da cabeça. Em velocidade que ultrapasse 50 km/h, virtualmente um pedestre sofrerá o impacto, tendo a cabeça como o primeiro ponto a se chocar contra o veículo.
Em crianças com idade abaixo de cinco anos observa-se preponderância de lesões na cabeça e no pescoço, e a explicação mais provável para tais lesões assim ocorrerem é atribuída à altura da criança em relação aos pára-choques dos veículos envolvidos. A criança é atingida pelo pára-choque na parte mais alta dos membros inferiores e no tronco, que colide com a dianteira do capô.
Dinâmica do Atropelamento
A percepção de que quanto mais acelerada a velocidade do veículo, maior o dano imprimido ao pedestre.

segunda-feira

ATROPELAMENTO


Um atropelamento é um tipo de acidente, frequentemente provocado veículos automotores, que afeta um pedestre, animal ou mesmo um usuário em condição ou veículo considerado "menor", como um ciclista atropelado por um carro ou um pedestre atropelado por um ciclista, por exemplo. A escassez de passarelas de pedestres e ciclovias, mesmo nas grandes cidades, tem sido um dos fatores que sustentam os altos índices de atropelamento de pedestres e ciclistas. Nas rodovias, por sua vez, a imprudência dos motoristas faz com que os animais sejam as vítimas mais frequentes.[1] Só nos Estados Unidos, de 60 a 70 mil cervos são atropelados todos os anos.[2] Por vezes, animais gravemente feridos são levados a hospitais veterinários e zoológicos após serem atropelados.

Estatísticas no Brasil

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde do Brasil, em 2006, os acidentes de trânsito foram responsáveis por 29,3% das mortes de crianças, sendo que a maioria morre por atropelamento.

sábado

Dicas de Prevenção



Querer independência faz parte do desenvolvimento das crianças, e os adultos, muitas vezes, querem apoiar essa crescente auto-estima. No entanto, na hora de atravessar a rua, deve-se pensar duas vezes antes de deixar as crianças irem sozinhas. O risco de as crianças se acidentarem pode ser reduzido com o exemplo dos adultos e com o ensino de um comportamento seguro para pedestres.Em 2007, segundo Ministério da Saúde, 934 crianças morreram vítimas de atropelamentos.

Como prevenir que os pequenos pedestres sofram um acidente


  • O mais importante que você pode fazer para ensinar um comportamento de pedestre seguro é praticá-lo você mesmo: atravesse as ruas olhando para ambos os lados, respeite os sinais de trânsito e faixas para pedestres, sempre que possível, e faça contato com os olhos dos motoristas antes de atravessar na frente deles;

  • Não permita que uma criança menor de 10 anos atravesse a rua sozinha. A supervisão de um adulto é vital até que a criança demonstre habilidades e capacidade de julgamento do trânsito;

  • Entradas de garagens, quintais sem cerca, ruas ou estacionamentos não são locais seguros para as crianças brincarem;

  • Tenha certeza de que as crianças sempre usam o mesmo trajeto para destinos comuns (como escola). Caminhe com seu filho para identificar o caminho mais seguro. Escolha o trajeto mais reto, com poucas ruas para atravessar;

  • Uma lanterna ou materiais reflexivos nas roupas da criança podem evitar atropelamentos.


    Ensine a criança


  • Olhar para os dois lados várias vezes antes de atravessar a rua. Atravessar quando a rua estiver livre e continuar olhando para os lados enquanto atravessa;

  • Utilizar a faixa de pedestres sempre que disponível. Mesmo na faixa, a criança deve olhar várias vezes para os dois lados e atravessar em linha reta. Quando não houver faixa de pedestre, a criança deve procurar outros locais seguros para atravessar, seja na esquina ou em passarelas ou próximo a lombadas eletrônicas;

  • Entender e obedecer aos sinais de trânsito;

  • Não atravessar a rua por entre carros, ônibus, árvores e postes;

  • Nunca correr para a rua sem antes parar e olhar - seja para pegar uma bola, o cachorro ou por qualquer outra razão. Correr precipitadamente para a rua é a causa da maioria dos atropelamentos fatais com crianças;

  • Em estradas ou vias sem calçadas, caminhar de frente para o tráfego (no sentido contrário aos veículos) para as crianças verem e serem vistas;

  • Fazer contato visual com o motorista ao atravessar a rua para ter certeza de ser visto;

  • Observar os carros que estão virando ou dando ré;

  • Sempre que estiver com mais crianças, é preciso caminhar em fila única;

  • Ao desembarcar do ônibus, esperar que o veículo pare totalmente e aguardar que ele se afaste para atravessar a rua.

    Saiba mais


    A grande maioria das crianças menores de 10 anos de idade não consegue lidar seguramente com o trânsito. Aqui estão as razões:

  • Crianças têm dificuldade de julgar a que velocidade os carros estão se movendo, a qual distância eles estão e de que direção os sons do trânsito estão vindo;

  • Crianças pequenas muitas vezes têm opiniões erradas sobre carros. Elas pensam que os carros podem parar instantaneamente ou que, se elas podem ver o motorista, ele também pode vê-las;

  • Crianças menores estão em crescente risco de morte e lesão por atropelamento nas entradas de garagem. Principalmente quando o veículo está dando ré;

  • Alto volume de tráfego, alto número de veículos estacionados na rua, limites altos de velocidade estabelecidos, ausência de uma rodovia dividida e poucos dispositivos de segurança de pedestres, como passarelas e lombadas eletrônicas, são fatores que aumentam a probabilidade de atropelamentos.
  • CCJ aprova maior rigor na punição de atropelamentos



    A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira um texto que prevê o aumento do rigor na punição de motoristas envolvidos em atropelamentos. Pela proposta, o motorista que provocar um acidente de trânsito com morte e tiver ultrapassado bicicleta com distância lateral menor a 1,50 m, participado de rachas, andado com excesso de velocidade, dirigido sem a habilitação ou não prestar socorro à vítima poderá ser condenado por homicídio doloso (com intenção de matar). As informações são da
    Agência Câmara.

    O substitutivo irá para votação em plenário. A proposta foi apresentada pelo deputado Colbert Martins (PMDB-BA) para o Projeto de Lei 74/07, da deputada Solange Amaral (DEM-RJ), que modifica as normas do Código de Trânsito Brasileiro e torna a punição mais rigorosa.

    A tipificação dos crimes de trânsito hoje prevê apenas o homicídio ou lesão corporal culposa (sem intenção). O relator optou por estabelecer que poderá ser condenado também por crimes de homicídio doloso (com intenção). O projeto original previa que esses fatos fossem considerados sempre como homicídio doloso.

    Socorro à vítima
    Uma das principais alterações foi a retirada do dispositivo que determinava que os motoristas de acidentes que vitimem ciclistas fossem presos, mesmo que prestassem socorro à vítima. Martins lembrou que essa proposta já foi alvo de veto na Lei 11.705/08, veto ainda não apreciado pelo Congresso.

    Atualmente, o Código só prevê a pena de detenção, pena que destina-se a crimes tanto culposos (sem intenção) quanto dolosos (com intenção). Na prática, não existe hoje diferença essencial entre detenção e reclusão. A lei, porém, usa esses termos como índices ou critérios para a determinação dos regimes de cumprimento de pena. Se a condenação for de reclusão, a pena é cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. Na detenção, cumpre-se em regime semiaberto ou aberto, salvo a hipótese de transferência excepcional para o regime fechado.

    Pontos negros nas vias públicas


    A Divisão de Trânsito (DT) da Polícia de Segurança Pública (PSP) elaborou um estudo, no início deste ano, que aponta vários factores para os atropelamentos e acidentes na capital, nomeadamente a falta de passadeiras e a sua não utilização pelos peões, o desrespeito e a deficiente sinalização, o excesso de velocidade dos automobilistas e a distracção dos condutores e peões.
    De acordo com os esclarecimentos do comandante de operações da Divisão de Operações da DT da PSP de Lisboa, nos primeiros quatro meses de 2008 registaram-se 266 atropelamentos em Lisboa, dos quais 101 foram verificados em passadeiras e 165 fora delas. Os 266 atropelamentos originaram 22 feridos graves e 267 feridos ligeiros, sem nenhuma morte registada até ao momento.


    O subcomissário da DT da PSP de Lisboa responsável pelo levantamento dos acidentes ocorridos em Lisboa afirma que identificou dois grupos de maior risco: os peões (em particular, pessoas idosas) e os motociclistas que registam acidentes com mais gravidade, sendo que 66,7% das vítimas mortais verificadas em 2007 pertencem a estes dois grupos.
    Também a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANRS) revelou que 135 peões morreram vítimas de atropelamento em Portugal em 2007, não sendo possível estabelecer o número de mortos nos 30 dias seguintes com origem no atropelamento, em virtude de não existirem dados oficiais
    1.
    Nos últimos três anos, os atropelamentos com vítimas em Lisboa têm aumentado, sendo Lisboa de longe o distrito onde os atropelamentos com vítimas são mais frequentes. Segundo um estudo da ANRS sobre segurança rodoviária, quem morre mais vezes são idosos que estão a atravessar passadeiras, ocorrendo a maior parte dos atropelamentos nas vias mais movimentadas
    2.
    Mas a culpa está muitas vezes nas deficiências do traçado e sinalização das vias. Curvas perigosas, descidas acentuadas, falta de ‘rails’ de protecção, sinais ausentes ou mal colocados, ruas de bairro que parecem auto-estradas e buracos no pavimento.

    Os ‘pontos negros’ das estradas não podem continuar a ser corrigidos só depois de alguém morrer. Os cidadãos podem e devem participar na sua resolução, alertando as autoridades para as deficiências que conhecem e as más experiências que viveram ou presenciaram.
    Por isso a DECO e a ACA-M criaram um formulário para que os munícipes possam denunciar os problemas detectados nas vias públicas. Para ajudar a corrigir os problemas encontrados e prevenir a sinistralidade rodoviária, é fundamental denunciar estas e outras situações perigosas que sejam detectadas nas vias públicas. Participe e ajude a salvar vidas
    3.